segunda-feira, 12 de março de 2012

Cedo o meu lugar*



* ou quando uma música canta exactamente aquilo que queremos dizer. Gosto tanto... =)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Elogios hoteleiros

"Sabe, menina, vi-a entrar quando chegou e olhe... Além de ter uns cabelos lindos, você é muito mais bonita à civil do que com essa farda."


Errr... Obrigada. Acho que acaba por ser uma cena natural, qualquer pessoa fica melhor com os seus trapinhos do que vestida de pinguim. E gostei do 'à civil'.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A memória é uma cena que me assiste bastante

Se a vida fosse como nós queremos, teríamos uma espécie de comando que nos permitisse saltar de cada vez que a cena não nos interessasse. E fazer replay. E, acima de tudo, fazer delete. Mas não é.
Passei o dia a tentar ignorar o calendário e a dizer para mim mesma que era uma data igual a tantas outras. Trabalhei, ri, diverti-me, fui para os copos. Mas a verdade é que estiveste em cada pensamento meu. Tu e a nossa história. E o nosso dia, que era este. E, por mais que as distracções do dia-a-dia nos permitam acreditar, por momentos, que podemos esquecer o que nos dói, a verdade é que, chegados a casa, e já sem o burburinho dos amigos e dos bares e dos copos, reparamos que a dor continua lá. E as lembranças também. Era o nosso dia. E já não é mais. 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A sério?? Ninguém diria.

Quando durmo pelo menos oito horas, trabalho muito melhor. Espantoso, não é? As coisas que uma pessoa aprende com esta idade.
(E, tendo em conta que no último mês a média diária de tempo de sono rondou as cinco horas, acho que ainda devo muuuuuuuuita companhia à minha cama.)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A saga da linha da CP na boca continua...

Quase tão divertido como a quantidade de comida que fica retida nos ferros a cada refeição são as aftas aqui, as feridas ali e as dores acolá. Isso e aquelas expressões espectaculares (já mencionei o facto de me estar a cagar para o acordo ortográfico?) como "tens a boca em obras?" ou "a que horas passa o comboio?".

Crianças e jovens que vão colocar aparelho nos dentes e que (vá lá saber-se como ou porquê) vieram aqui parar e estão a ler isto... Não. Na verdade tudo isto é um exagero da minha parte. E não, colocar aparelho nos dentes não dói. Nem incomoda. E muito menos nos faz parecer uns anormais a comer. Nada disso. Além disso, podem colocar elásticos de variadas cores, o que torna a tortura o processo menos aborrecido. Está bem, pequeninos? Boa.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Coisas que moem

"É como o outro escreveu... Quem não te procura, não sente a tua falta."


Podia - que podia - ser mentira. O lixado é todos sabermos que é verdade.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

É esta falta que se sente, até do que foi menos bom. É o sonhar tantas noites com aquela que foi a nossa casa e passar todo um dia com o peito apertado. É o tentar olhar para as fotografias e não ter coragem de encarar que o que as imagens guardam já não faz parte da minha realidade. É a dificuldade em transformar, de uma vez, as reticências em ponto final.
Ó saudade, não podes ir à tua vida? Agradecida.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Em modo 'tenho uma parte da linha da CP na boca'

Primeiro post do ano para dizer que isto de colocar aparelho nos dentes é do caralho caraças. Dá comichão, dói, faz uma impressão desgraçada, que só me apetece arrancar isto da boca à martelada. Já para não falar do quão espectacular é tentar comer. Mastigar 'tá quieto e no final da refeição é sempre divertido ver que a boca se assemelha à secção hortícola de qualquer hipermercado. Há pouco, por exemplo, fui lavar os dentes e resgatei um molho de espinafres e duas rodelas de cenoura que haviam ficado presos nos arames ao almoço.
Também percebo agora como se sentem os bebés, esta coisa de nos babarmos sem controlo é, no mínimo, decadente. Mas, enfim, numa boa perspectiva serão apenas dois anos assim. Pfff! O que é que são dois anos numa vida, não é verdade? Pois claro, não custa nada (NOT).

E o melhor de tudo? Quatro ou cinco meses sem beber bebidas gaseificadas, o que representa uma abstinência (forçada) de cerveja. Ahahah! Está bem, está bem, 'sôtor', vou cumprir à risca (e escrevo isto enquanto inclino a cabeça para o lado e faço olhos de bambi)...


domingo, 25 de dezembro de 2011

Adeus, 2011.

Agora que o ano chega ao fim, é, inevitavelmente, momento de olhar por cima do ombro e tentar perceber o que foi isto. E a coisa é bastante simples: foi uma verdadeira merda. Mesmo. Do piorzinho que já vi. Salva-se um único momento no início do ano, especial e gravado para a vida. Fora isso, era pegar nestes últimos meses, fazer uma bela bola de papel amarrotado e atirá-la para bem longe, onde já não fizesse doer.
Foi, sem dúvida, um ano de lições. Aprendi, espero que de uma vez por todas, que de facto não perdemos amigos. Há pessoas que saem da nossa vida, tal como nós deixamos o caminho de outras tantas, e se isso acontece é porque simplesmente não é amizade. Não é bonito de se dizer mas não há como tornar isto fofinho. Os amigos tentam não falhar e, caso falhem, pedem desculpa depois. Ponto final.

A outra grande aprendizagem do ano já é bem conhecida por aqui. Eu já desconfiava, pois sim, mas a vida achou por bem mostrar-me com força que não podemos tomar nada por adquirido. Nada. Nem objectos, nem o dinheiro ao final do mês, e muito menos pessoas. Foi o momento de perceber que quase nunca a vida acontece como a planeamos e que os sonhos (ou projectos, chamem-lhe o que quiserem) são apenas isso... Sonhos. Que não acontecem. O meu coração foi despedaçado, não sem a minha parte de culpa, e não voltará a ser o mesmo. Já não o é. Há pedacinhos que se perderam para a eternidade e está bom de se ver que o conserto vai ser um tanto ou quanto moroso. Se houver conserto.

Mas 2011 não se ficou por aqui. Foi também tempo de abrir os olhos e entender que o sonho de menina começa a ficar esquecido, como que enterrado nesta areia movediça que tem sido o meu caminho. Ficam para trás os esforços, os estudos, o trabalho e dedicação de alguns anos em que, sinceramente, acreditei que merecia fazer o que gosto. Provavelmente não mereço. Mas não baixei a guarda. Até isso ganhei... Força para fazer coisas que, há uns anos, seriam impensáveis. Servir às mesas não me faz feliz mas também já não procuro isso...

Ainda assim, no meio de tanta coisa negativa, há sempre algo bom. Conheci pessoas maravilhosas que me deram a mão quando os que o deviam ter feito me falharam. Ninguém ocupa o lugar de ninguém mas há, sem dúvida, quem faça a diferença. Estou numa fase nova, com novas pessoas, algumas que nunca imaginei que pudessem entrar no meu mundo. Continuo a perguntar-me que mal fiz eu para não ter o meu lugar ao sol mas, enquanto a resposta não chega e mesmo que as lágrimas teimem em cair, espero por algo que me faça acreditar que valeu a pena.

[A parte privada] São seis meses em modo 'sem ti', talvez os mais demorados que já vivi. Ainda há muito de ti em mim, vai haver sempre. Não há um dia que eu não pense ligar-te, mas em quase nenhum o faço. Nunca corri atrás e agora não será diferente. Sei que vais ser sempre tu - tu também sabes - mas a vida não se desenha como queremos. Mudava muita coisa, passava por tudo outra vez, mas tenho consciência que não é isso que está em causa. A ferida ainda dói, como em carne viva, mas a distância (aparente) ajuda-me a fingir que não sei o que é saudade. Há caixas que ainda não tive coragem de abrir e fotos que prefiro deixar escondidas, emails por apagar e mensagens no telemóvel que gosto de imaginar eternas. Sei que é infantil dizer que nunca haverá mais ninguém mas a verdade é que não voltará a existir alguém como tu.
Só tu viste o melhor e o pior de mim porque só contigo fui eu mesma, sem reservas. E, entre tantas outras coisas, contigo aprendi que gostar não chega.

Para o próximo ano não faço planos, chego até a ter medo de imaginar o que virá por aí. O certo é que há um ano atrás se alguém me dissesse que eu agora estaria a servir às mesas, a viver novamente na casa onde cresci, a deixar a minha independência escapar por entre os dedos e a passar pela pior fase da minha vida - até ver -, eu simplesmente não teria acreditado. Mas é assim, uma das capacidades do ser humano é arranjar forças para se adaptar a tudo, mesmo não sabendo de onde elas vêm.
Que 2012 traga qualquer coisa de bom, só para variar um bocado.     

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Acho espectacular que algumas pessoas se movam apenas pelo que os outros têm ou representam. Adoro que algumas pessoas, que antes - nos tempos em que eu fazia o que gostava - quase me estendiam um tapete vermelho à passagem, hoje, que sirvo às mesas, finjam que não me vêem. Adoro mesmo. Obrigada, vida, por me estares sempre a ensinar estas lições.
O que me consola é saber que tudo isto dá muitas voltas e que esta é apenas uma fase em que estou a aprender um ofício diferente. Apenas isso. E que sim, ainda vou voltar às lides jornalísticas - de cabeça erguida e com humildade, as always - e vou gostar de vos ver a fazer vénias novamente, ainda que saiba que representam somente medo e não respeito.


  

domingo, 18 de dezembro de 2011

Tal como o Vinho do Porto

Lembro-me de começar a ouvir Linkin Park há 10 anos, quando se tornaram conhecidos. Adorava toda e qualquer música deles e risquei todos os álbuns, um por um, de tanto os meter e tirar da aparelhagem e, mais tarde, do leitor do carro.
Eu cresci, assim como a música deles amadureceu. Tive o prazer de os ver duas vezes ao vivo, se bem que a segunda - em 2008 - me tenha desiludido significativamente. Nunca deixei de gostar da onda deles mas confesso que gosto muito mais agora, mais crescidos e sem a necessidade de parecerem eternos rebeldes com calças caídas e grunhidos exagerados.
Esta versão do 'rolling in the deep', da Adele, arrepia-me de todas as vezes que a ouço. E terá sido a primeira vez que, para mim, um cover superou o original. É muito mais que bom.




P.S.: Não tivesse eu o coração estraçalhado e um cinto de castidade psicológico mais ou menos até 2035, era menina para casar com este moço. Não há nada a fazer, só gosto de 'bad boys'.

Tão verdade...

"Quando pensamos ter todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas."

Irrita-me reconhecer mas é mesmo isto. Sem tirar nem pôr.



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

É isso

Porra, tenho tantas saudades de ir a um concerto, que duvido que alguém consiga entender isto. Gritar, cantar a plenos pulmões músicas que me fazem arrepiar, estar apenas ali, sem lembrar o resto do mundo. Cantarolar letras que me dizem mais do que penso, de olhos fechados e copo na mão. Gosto tanto... E faz-me tanta falta. Mesmo. Dava tudo para ver outra vez Incubus, Red Hot, Metallica, Linkin Park, Marilyn Manson, Stone Sour ou Placebo.... Hoje.

Raio de ano, este, que nunca mais acaba. Coisas boas e positivas, estou à vossa espera, ainda que, aparentemente, vocês tenham perdido a minha morada.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Private post #1

Saber-te feliz, ainda que seja através de fotos, é para mim uma espécie de molho agridoce. Fico feliz por saber que estás bem, mas não consigo deixar de ficar um bocadito triste por saber que estás tão bem sem mim.


Lá canta a Adele, e com razão, "who would have known how bittersweet this would taste?". Pois é.

sábado, 19 de novembro de 2011

Prós e contras de uma nova realidade

Prós e contras desta interessante aventura (passageira, espero) no mundo da hotelaria...

Contras:
1 - Aturar gente rude. Custa-me horrores.
2 - Cortar 10 pães por dia e ficar com um calo na mão provocado pela faca.
3 - Estar 8/10 horas de pé por dia. Todos os dias.
4 - Engolir sapos do tamanho de cangurus, para não responder à letra a determinada gentinha.
5 - Lavar a máquina do leite todo o santo dia.
6 - Trabalhar muito e receber pouco.
7 - Carregar todos os dias pilhas de loiça e ter dores nos rins.
8 - Eu ter no peito uma placa com o meu nome e algumas pessoas teimarem em chamar-me 'psssst ó menina' (só eu sei a raiva que isso me dá, pá...!).
9 - Ter diariamente a mente ocupada com o pensamento "não era isto que eu queria para mim".
10 - A obrigatoriedade de ser simpática para gente que me trata mal por achar que todas as pessoas que trabalham em hotelaria são analfabetas, incultas e pouco inteligentes.
11 - Não poder ver os noticiários.
12 - A minha queda natural para os acidentes... Inevitável.
13 - A quantidade de comida desperdiçada. Faz-me espécie. Muita.


Prós:
1 - A maioria dos colegas - uns porreiros. Se fosse noutro lugar, com outras pessoas, acredito que não teria aguentado um mês.
2 - (Abençoadas) gorjetas.




(Desequilibrado, eu sei, mas é o que temos.)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ainda acerca da sorte...

Li ontem um texto num jornal aqui da minha região que... Bem, nem sei como classificar aquilo. Uma confusão do início ao fim, uma espécie de salada russa de palavras na qual não se consegue identificar o que é a batata ou o ovo cozido. O autor parece não conhecer quaisquer regras de pontuação e - o melhor - eu tenho cá para mim que nem ele sabe ao certo o que quis dizer.
E em que é que isto se relaciona com sorte? Em tudo. Aquela pessoa só pode ser jornalista por culpa da sorte. Isto é muito simples: um jornalista tem que saber escrever, ponto final. Tal como um pianista tem que saber tocar piano, um professor tem que saber ensinar ou um actor tem que saber representar. Simples.
Como é que aquela pessoa trabalha num órgão de comunicação social? Pois, não sei, provavelmente esteve no sítio certo à hora certa e o destino resolveu prendá-la. Há muito que desisti de tentar entender estas coisas, ainda assim, casos destes não podem deixar de me revoltar. Não desejo mal à pessoa, nada disso, mas não sabe escrever um texto e, sejamos realistas, está apenas a ocupar o lugar de alguém que podia fazer melhor. 
Sou arrogante? Não acho. Se eu faria melhor? Sim, sem margem para dúvidas. Eu, pelo menos, sei escrevinhar umas coisas em português... Correcto. E gosto de usar, no emaranhado de parágrafos, aquelas coisas estranhas... Ai, como é que se chamam...? Vírgulas e pontos finais, acho que é isso. No entanto - ah, a puta da sorte que só assiste a alguns! - aquela pessoa 'brinca aos jornalistas' e eu actualmente, guardando na gaveta a licenciatura e a pós-graduação, tiro cafés e sirvo à mesa para não fazer parte dos 600 mil desempregados que já se somam neste país. Sim, já sei que é um trabalho honesto como tantos outros e blá blá blá, claro que é (e tanto valor que eu agora dou a quem faz disto vida!). Mas não, não foi para isso que estudei durante anos a fio e não me imagino a passar o resto dos meus dias a aturar gente rude e mal-educada que trata os empregados de mesa e bar como meros servos.
E sim, tudo isto é mesmo uma questão de sorte. Para uns. Os outros têm que viver com a falta dela.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Uma questão de sorte

Descobri este talento numa das minhas viagens pelo youtube. Ao que parece, a Susana vive no Porto e é pelas ruas da Invicta que espalha magia, fazendo covers absolutamente espectaculares. A voz dela é qualquer coisa e, é inegável, a rapariga canta com um sentimento mais que verdadeiro.
Isto para chegar aqui... Ela tem talento, um vozeirão, uma presença fortíssima. Mas canta na rua. E depois olhamos para a televisão e para as revistas e vemos miúdos que não dão uma para a caixa e, é flagrante, só lá estão por terem um palminho de cara ou uma cunha do tamanho da lua. Cada vez mais me convenço que, a par do talento, temos que ter sorte, muita sorte. Mas temos mesmo. É o 'estar no sítio certo à hora certa', coisa que a muitos acaba por nunca acontecer. E é pena. Neste caso, pena pelo facto de esta voz não ser devidamente aproveitada. Pode ser que um dia a Susana esteja na rua certa à hora certa =) 







sábado, 5 de novembro de 2011

Ironia...?

Não deixa de ser curioso analisar as estatísticas e perceber que o anúncio deste interregno de alguns meses foi o post mais lido de sempre aqui no burgo, num ano e meio de (in)confidências. É inato ao ser humano, gostamos é de lágrimas e desgraças (desde que não sejam as nossas, claro).  

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Tal e qual

"O dia em que as coisas acabam tem 24 horas como os outros mas é uma espécie de maratona interminável. É o dia do nosso fracasso, um fracasso pior do que ter negativa na escola ou perder uma corrida ou queimar o jantar com convidados à mesa, porque é um fracasso que vem de dentro, que vemos só como nosso, mesmo quando não é e é pouco justo impor esse peso. É o dia em que queremos que falem connosco e nos façam esquecer este aperto no peito, ou então que fiquem calados, porque dói se disserem coisas tristes, e dói se disserem coisas felizes. É o dia em que sentimos que estamos a andar para trás mesmo quando as pernas andam para a frente, e como não somos caranguejos não conseguimos evitar ficar ainda mais, um bocadinho mais tristes."

Lido e retirado daqui, um blogue que descobri há pouco tempo e que tenho gostado de explorar. Porque esbarrei nestas palavras e me dei conta que pareceram escritas (por e) para mim. Porque o dia em que "as nossas coisas" acabaram teve lugar há uns quantos meses e eu continuo a sentir-me assim. Todos os dias.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Aviso à navegação

A gerência informa os seus (três, vá lá na loucura quatro) leitores que este blogue se encontra, por tempo indeterminado, mais ou menos encerrado. Encaremos a coisa como uma espécie de férias para balanço.
Não que falte assunto para escrever, mas porque o assunto - agora e por estes lados - é apenas um. E já se sabe, de coração estraçalhado é mais que certo que nada de muito interessante sairá daqui (sem coração estraçalhado também não nasciam aqui grandes coisas, eu sei). Assim sendo, adiós.
Talvez volte. Ou talvez não.


P.S.: Vá lá saber-se porquê mas não consigo comentar no meu próprio blogue. Isto para dizer à @n@bel@ (que comentou o post anterior) que agradeço a força virtual. Thanks =) E não, de facto não sei quem é, mas se é visitante assídua aqui do estaminé só pode ser boa pessoa.


terça-feira, 12 de julho de 2011

Lição nº 957

Isto de termos momentos maus na vida traz-nos várias coisas. Talvez a mais importante seja a oportunidade de conhecer melhor quem nos rodeia. Pode ser lugar-comum o que se segue mas, de facto, quando estamos bem, somos boa companhia para os copos e dizemos umas parvoíces que fazem os outros rir, todos gostam de nós. Quando somos nós a precisar que nos animem, que se lembrem que nem sempre estamos de bem com a vida e que talvez até precisemos de um abraço ou de ouvir um "vai correr tudo bem", aí é que percebemos quem nos leva no coração. E merece um pedacinho do nosso. 
Além da família - sempre presente e que não falha, valha-nos isso -, apenas uma pessoa se mostrou disponível para me ajudar na mudança (que mais que uma mudança de casa, representa uma mudança de vida). E essa merda diz-me muito. Muito mesmo. Isso e o facto de ter pessoas que estão a centenas de quilómetros e me enviam mensagens para "mandar um beijinho, dizer que te adoro e que tenho a certeza que vais dar a volta por cima", enquanto outras que vivem bem perto nem um telefonema fazem ou a merda de um café tentam combinar para saber como estou. E não estou a falar de conhecidos, que eu distingo-os muito bem dos poucos a quem chamo amigos (tão poucos...). Isto é lamentável quando vem de pessoas por quem tanta amizade e carinho tenho.
Um dia disseram-me que eu gosto muito mais das pessoas do que elas gostam de mim e, consequentemente, dou muito mais do que recebo. Talvez seja verdade. Tão verdade que até chateia.
Estamos sempre a aprender, é o que é.  



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Eh pá, não me lixem!

Ontem estiveram no arranque do Optimus Alive 53 mil pessoas. Que, presumo, pagaram para lá estar. E beberam e comeram. Muitas delas certamente foram as mesmas que há uns meses gritaram na Avenida da Liberdade porque "somos uns coitadinhos que não temos trabalho nem dinheiro, e o que é que vai ser de nós?". Até ao final do Verão contam-se mais de 50 festivais em solo luso e em todos eles vão estar meninos à rasca. E era só isto.

Vêm falar-me de crise? Crise onde? Só na minha carteira, pelos vistos.



terça-feira, 5 de julho de 2011

Ainda bem que o fundo deste blogue é negro. Combina na perfeição com o estado do meu coração neste momento. (E eu que às vezes penso que tenho um coração frio e insensível, tais são as barbaridades que digo... Mas nada disso, é um coração feito do mesmo que os outros são. E que dói. Para caraças, por sinal.)
É a vida.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Coisas que eu constato

Diz que o "para sempre" e coisas que tais não são assim tão para sempre. E que a vida nos troca as voltas com uma pinta do caraças.
Ninguém disse que ia ser fácil - verdade -, mas também não era preciso ser tão difícil.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Mas porquêêê?

Só uma passagem por aqui para dizer que:

1- Invejo (tanto...) as pessoas que podem comer tudo o que lhes dá na real gana e que, ainda assim, são sempre magras e elegantes.

2- Há dias em que percebo que sou mesmo demasiado desorganizada e que se fizesse as coisas com mais tempo era capaz de ser melhor. (Hoje é um desses dias, nos outros esqueço-me.)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Não há palavras...

Pela terceira vez na minha vida, fui convidada a trabalhar de borla. Desculpem lá mas eu por acaso tenho parecenças com a madre Teresa? TRABALHO é uma merda que implica remuneração, boa?
Vergonha de pessoas, vergonha de país.

sábado, 21 de maio de 2011

Obrigada pela preferência

E a questão que se coloca é... Mas quem é que vem visitar este blogue às 06h00? Não sei quem é mas se vir aqui ler parvoíces é uma espécie de remédio caseiro para as insónias, só posso ficar satisfeita. Muito mesmo. Pelo menos sei que isto - afinal - serve para alguma coisa. Ah pois é.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Oi...?

Há pouco ouvi uma jornalista - fazendo uma reportagem sobre a final da Liga Europa - dizer "e pronto, esperemos que a taça venha para Portugal". E... Como é que se diz isto...? Não é isso que está em questão, minha amiga, a taça virá efectivamente para Portugal (a menos que a equipa vencedora a deixe cair do avião ou assim), resta saber se vai para Braga ou para o Porto.
Tenho cá para mim que, mesmo admitindo que a senhora não percebe muito de futebol, se a profissão a obriga a fazer uma peça sobre a final de hoje, devia pelo menos saber que são duas equipas portuguesas que a vão disputar. Aliás, é por isso mesmo que é considerado um jogo histórico, independentemente de quem vença. 

"Certificar a ignorância" não é expressão para me escandalizar assim tanto

Não posso fugir ao assunto do momento. A polémica, lançada por Passos Coelho, em torno do programa Novas Oportunidades. Vou ser mais breve do que gostaria, comprometendo-me a terminar o texto antes de começar a espumar de raiva, que este tema é coisa para me acordar o sistema nervoso à séria.

Ora bem, eu acho muitíssimo bem que as pessoas que, por qualquer motivo, não puderam prosseguir os estudos na altura devida o possam fazer mais tarde. Até porque penso que o direito à educação e à formação deve assistir a todos. Agora - não me lixem! - não posso nem nunca irei concordar com o facilitismo que geralmente está implícito nesses programas (e que, ao que me parece, foi o que o PC criticou, e não o programa em si). Porque é muito bonito aumentar substancialmente o número de pessoas com mais habilitações, é sim senhora, mas desde que mereçam os diplomas. Passar-se certificados e diplomas em troca de um dossiê ou de uma espécie de biografia é, obviamente, gozar com a cara de quem - para ter uma licenciatura - estudou 16 anos consecutivos. Não é concebível para mim e é do mais injusto que pode haver.

Estive a ver o Opinião Pública, na SIC Notícias, em que esta manhã se abordava o assunto. Entre pessoas que frequentam o programa (e que, obviamente, negaram que haja facilitismo), ligaram várias pessoas que trabalharam em Centros Novas Oportunidades ou que têm familiares que também usufruíram do programa e só vieram reforçar a minha revolta perante o mesmo, ao confirmarem que existe, de facto, um grande facilitismo, descarado até. Desde composições que acabam por ser feitas pelos professores a composições retiradas da Internet. É ou não é bonito? É lindo! Na verdade, essas pessoas é que são inteligentes. Deixa-se de estudar e uns anos mais tarde tira-se um diploma ali em cinco meses fazendo um texto onde se conta como tem corrido a vidinha (fala-se do casamento, dos filhos, das férias em Freixo de Espada à Cinta, da morte do periquito, da prima que leva sovas do marido e por aí adiante). De facto, é tentador.
O chato é que essas pessoas ficam com o certificado mas não adquirem realmente conhecimentos, o que, além de não ser vantajoso para elas, é péssimo para o mercado de trabalho (onde estas pessoas passam a ficar lado a lado com aquelas que fizeram o "percurso normal" e estudaram pelo menos 12 anos para conseguir o 12º ano de escolaridade). Certificar milhares de pessoas só para embelezar as estatísticas não me parece uma boa opção. Mas isto sou eu...

Ainda relativamente ao Opinião Pública desta manhã, achei particular graça a um jovem que frequenta o afamado programa e que gritou, quase indignado, "ainda ontem estive até às 3 da manhã a matar a cabeça a estudar! Pois, porque nós ali temos que estudar porque fazemos testes". Errr... E pergunto eu, mas não é suposto ter que se estudar? Qual é o espanto? Ao longo de toda a minha vida académica também tive que estudar, que ninguém o fez por mim. E então? Se logo à partida os próprios alunos do NO acham estranho o facto de ali ter que se estudar, é porque algo não está bem... E sim, fazem alguns testes mas, ao que se sabe, até aí há facilitismo.
Acredito (ou quero acreditar...) que não será assim na totalidade dos CNO, certamente há professores que exigem aos alunos do NO o mesmo que exigiriam a alunos do ensino regular (verdade?). 

Também podia falar do acesso ao Ensino Superior para maiores de 23, que é outro que tal, mas fica para outra ocasião. Concordo com oportunidades iguais para todos - volto a frisar - mas têm que ser isso mesmo... Iguais. E não como acontece em Portugal, onde aparentemente quem faz o percurso regular é que sai prejudicado.   

A loucura (ou como eu afinal tenho memória)

«- Lembras-te da primeira pergunta  que te fiz?
- "O que é a loucura?"
- Exactamente. Desta vez vou responder sem fábulas: a loucura é a incapacidade de comunicar as suas ideias. Como se estivesses num país estrangeiro, vês tudo, percebes o que se passa à tua volta, mas és incapaz de te explicar e de ser ajudada, porque não entendes a língua que falam ali.
- Todos nós sentimos isso.
- Todos nós, de uma forma ou de outra, somos loucos.»
(Paulo Coelho in Veronika Decide Morrer)


Percebi que ainda sei de cor em que página do meu livro preferido está uma das minhas passagens preferidas (confusos? deixem lá...). Apesar de não ser totalmente fã de Paulo Coelho - tenho alguns livros dele dos quais gosto muito mas outros não têm muito a ver comigo -, adoro de paixão este livro. Já o reli umas cinco vezes e hoje lembrei-me que quero fazê-lo de novo.